Primavera e o mar
O que seria dessa primavera?
Que me toca e me congela
Que me faz sonhar, perante o horizonte
Imaginando belezas aos montes
Intocáveis como o céu de Antares
Profundo como o horrendo monstro do mar
O galope do tempo, as vezes em trote
Vindo repentino, e me dando um bote
Entre ondas que quebram no meu delirar
Eu sumo e desapareço no meu próprio apreço
Fico perdido e assim escondido
Querendo que não me ache, onde me acham
Nessa primavera de tempestade em alto amar
Como é frio sorrir sem ter brio
Mover a boca pra agradar
Na era da tempestade na primavera
O dia faz mais sentido se ao mar meu olhar estiver perdido
E se contigo eu pudesse acreditar....