MUITO ALÉM DE CARNE E SANGUE
Não é apenas de carne e sangue que se compõe um ser
Há abaixo da tênue linha física
O que ficou guardado quieto saliente sob o luar
Ardente sob os raios de sol
O trauma de uma queda às portas da igreja
A dor de não ter conseguido ajudar
A ingenuidade ante as rasteiras da vida
Somos muito além de carne e sangue
Deste físico decadente
De tantas noites e tantas auroras
Somos profundezas de descobertas
Silêncios enfiados no coração pulsando histórias
Há um fio a unir sentimentos na alma
Fio que arranca sangue da carne
E exige a busca do êxodo do próprio ser
Para a certeza do encontro na noite iluminada
Dalva Molina Mansano.