O candelabro
Queime pavio, vai queimando
Sinta toda a emoção, de estar só
Em desperdício, na cabeça um nó.
Sentindo-se sobra, como sempre.
Queime as velas do candelabro, sem pena
Quem tem pena é ave, não gente.
Eles não sabem, mas sua cera tá quente,
Sua parafina não dura pra sempre.
No escuro sua luz é tão clara que ofusca,
Brigas acontecem, você não tem nada a ver,
De modo algum, algo você poderia fazer,
Só aguente firme e demonstre uma boa companhia.
Queima vela, vai derretendo
O pavio tá curto, a paciência também,
Difícil é ser cupido, nem parece que sou alguém,
Não mando nos meus sentimentos, imagine os de outrem.
Candelabro cansado de segurar velas,
Reduza à cinzas todos os bons momentos,
Porque agora virá outros, com lamentos,
Tente não se culpar, pois tudo deu certo.
Já trocou suas velas tantas vezes,
Mas nunca foi acendido por um amor,
Porque tudo que tinha, o fogo queimou,
Agora descanse ilustre candelabro.
Velas apagadas, como se não estivesse ali.
Mal se sustenta, não ilumina mais relações,
Agora somente escuta em solidão, às canções,
Esperando novas e realistas emoções.