Rotina
Não quero amar, serei cética,
falarei dos tremores de terra,
Não falarei mais de amor.
Deixe que eu viva
essa vida apagada,
deixe que eu leve o meu sorriso
amarelo, pelas madrugadas.
Sem nada para dizer,
da vida tudo o que eu quis,
passou,
dela nada mais espero.
Vou viver essa cansativa rotina,
um prato frio aqui,
uma sopa gelada, ali,
um café amargo,
um sol tinindo, sem alegria,
quiçá um sonho, uma brisa fria.
Vez em quando
uma chuva fina,
quero essa apática rotina,
que seja longa, que seja breve,
num tanto faz, num tanto fez,
iguais são todos os meus dias.