Melancolia XXXVII
Me coloca em teu peito
Me chame em pensamentos.
Seguro minha vontade de correr para ti.
Me transformo em serafim,
visto minhas asas e vôo para o céu
Levo nosso amor em pedaços de mim.
Sou a cor que tua lingua não diz.
O espaço do horizonte que sonha.
Aguardo-te escrever para mim
Doma as linhas com ternura,
transforma o cinza em cinzas.
Pelo peso que és,
a formiga, andarilha
faz da tua bruxaria o infinito.
Desejas o céu que não vivo
Te repito,
não olhe os lares verdes
Sou a natureza de teus versos.
Meu coração pede cores
Sinto-os rabiscar minhas costas com o fogo.
Escuto o rosnar das árvores.
Me viro,
a respeitar tua raiz
Olhar o que me deixa aqui.