De um ponto qualquer

Tudo veio na indiferença
As lágrimas escorriam no rosto
De um ponto distante
Que decalcava na luz a sombra da lua
No espaço que só pontuava versos
Tudo acontecia nas entrelinhas
Quando o tempo  interagia
Na passagem das flores brancas
Debruçada entre o coração
E a linha da vida
Passando pela vastidão
Do vazio às cegas
Como se fosse abrindo
Todas as portas das lembranças
E na tranquilidade 
À noite caminhava em silêncio
Quando surgia o vinho da noite
Que brotava toda angústia em pauta
Cobrindo de dourado o horizonte 
Que perpassa e agasalha
Um sonho partido em várias ausências


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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 11/12/2019
Reeditado em 20/12/2019
Código do texto: T6816517
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