Via infinda
Nos arredores deste meu universo incoerente
Não único, mas agora múltiplo
Vagueia os mais lúdicos pensares
Que vão se ramificando aos poucos
E com um único propósito
De nos embriagar sem que notemos
E de nos levar cativos a sua presença
Assim tudo se entrelaça
Como aos fios de um novelo de lã
Cada qual com suas próprias leis
Um perfeito emaranhado de insensatez
Entre a sanidade e a loucura
Complexibilidade total me deparo
E com uma incapacidade letal me levanto
Em uma via sem retorno
Que me açoita dia e noite
A fim de reverencia-la
Tirando-me a paz
Até propaga-la mundo a fora
Sua alma infinda me escraviza
Acorrenta-me, e me sufoca
Em uma tortura real e agonizante
Meus olhos claramente demonstram isso
Enquanto meu corpo desmorona apático
Alucino tentando fugir para longe
Mas ela não me deixa
Busca-me com furor
Cravando suas garras em mim
Em claro descontentamento
E instantaneamente me entrego ao seu leito
A fim de proclama-la
A rainha e soberana
Das minhas entranhas