Memórias

Nos becos da vida,

Andava eu, de coração armado.

E com os sentimentos descalços,

Pela rua de terra corria.

Pedregulhos haviam,

Todos, ultrapassados,

Calejando-me os pés

Para o que à frente, viria.

Dos sonhos, entre as rajadas das esperanças rimadas,

Algumas de certo, ficaram em muros,

Eternizadas.

Das vielas ainda ecoam sentimentos e desejos,

Gritos e suspiros...

Sonhos que não morrem,

Mesmo atropelados...

Pelas desilusões da vida.