Apenas flores
Levei uma rosa para plantar no campo,
ela foi recebida com reservas,
como se estivesse com sarampo.
O alecrim a olhou de viés
Como se fosse uma danada erva,
prevendo um provável revés.
O aroma vagueava como um tolo,
mesclava-se com o cheiro da nova flor
o cheiro adocicado do marolo.
Não havia empatia entre elas,
cada uma exaltava sua própria cor,
até que se aproximou a azaleia.
O campo tornou-se um canteiro
Manchado pelo manacá da serra
Da música natural brotou um viveiro
De quem era a nova verdade?
Da rosa, ou do girassol?
Do campo ou da cidade?