Ao rés do chão
Ferido por doces animais de amor
Não maior que a dor do verso
O inverso do que alguém mostrou
Prazeres de um outro universo
Você me fez ressurgir das cinzas
Me alimentou com duras penas
Não me venceu nem me perdeu
Foi o poema de todos os poemas
Não há escuridão sob seus pés
Não há religião sem culpa ou fiéis
Falsários dentre tantos obeliscos
Calculam o risco do fracasso
Contabilizam dores nos apriscos
Devoram nas vitrines o fiasco
Estou acima dessas fantasias
Sou com você o que nunca quis
Contando o tempo noite e dia
Desaprendido de como ser feliz
Não há escuridão sob seus pés
Não há religião sem medo ao rés
Do chão... não há religião