nonagésima primeira miniode ou sonâmbulos bêbados e heróis entorpecidos
não é um pássaro
o poeta
não é carícia
o verso
no coração tão fundo
no fundo
do coração vulnerável
as feridas vivas
as alegrias agudas
os orgasmos acesos
os sorrisos pontiagudos
pousam
no amor militante
o poeta sim
é a revolução
dos que acordam
neste mundo
de sonâmbulos bêbados
e heróis entorpecidos