Terra de ninguém
Minha terra tem toupeiras
Incapazes de pensar
Promessas eleitoreiras
Movem o jogo de azar...
Da xepa do fim de feira
O povo come e ainda paga
Tem sujeira na bandeira
Que a sua cabeça esmaga...
Com impostos sem limites
Tem governo militar
Que não aceita palpites
E joga tudo pro ar...
Sem limite e sem porteira
Virou terra de ninguém
Mais ousada roubalheira
E o povo ainda diz, amém!