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Adeus
Alma em transição, é um pouco outono,
amarela a esperança joga ao vento a ilusão.
Entre uma estação, uma nuvem e outra,
é águia com uma nova penagem
contra o tempo, dribla a solidão.
No orvalho das rosas
dum jardim visto de longe
adormece a saudade.
Deu adeus
ao eco distante que se chamava felicidade.
Sobrevoar, sobreviver, sem querer
das flores o aroma, o nectar
Correr riscos...
deixar no tempo, um amor perdido.
Voando mais alto esquecerá os sonhos.
Quiçá no deserto da lua,
chegue mais perto da sua realidade.