Diante do Vazio.
Eis que seu peito chorava,
Não entendia os enigmas do tempo.
O amor que aquecia seu peito,
Agora o sangrava.
Andava por entre as neblinas da noite,
Buscando uma resposta.
Porque a saudade machuca tanto?
Os olhos que antes brilhavam,
Agora se escondem atrás dos prantos.
A morte não é uma ferida fácil de cicatrizar.
Você não simplesmente esquece o amor,
Pela pessoa que partiu de forma tão breve.
Você se perde diante das perguntas,
Os questionamentos o fazem perder a fé.
E os dias iluminados,
Passam a ser dias cinzas e chuvosos.
A realidade fica confusa,
Se entrelaça com a abstração.
E em alguns momentos,
Você se vê andando sem rumo.
Os pés tomam os caminhos por conta própria,
Enquanto seus pensamentos e alma,
Buscam um caminho de volta para casa.
Mas quando o seu refúgio está no passado,
Simplesmente você se vê,
Diante de uma porta fechada.
As lembranças empoeiradas,
O faz chorar e lembrar dos momentos doces.
E seu coração aprisionado na dor,
Pulsa tão forte,
Que quase rasga seu coração.
Você se isola do mundo,
Pois não vê sentindo nos risos,
Não vê sentindo em fingir que está tudo bem.
Seu único alívio
É chorar,
Enquanto as memórias vão escorrendo,
Junto a esses prantos.
Tudo parece surreal demais,
E você implora,
Para que tudo não passe de um pesadelo.
Você vai dormir,
Querendo que quando acordar,
A pessoa que te ama e você ama,
Esteja lá,
E você sinta que está tudo bem.
Mas infelizmente, na realidade,
Quando o sol tocar sua face,
E o silêncio invadir seu quarto,
Você se verá sozinho e que o pesadelo
Ainda está presente, pois é real.
(Sinto uma dor que não consigo superar, a partida da minha mãe, gerou uma ferida e uma saudade que me machucam, e que me fazem me afogar em uma depressão profunda).