Noite no Chalé
Fumei o cigarro lentamente...
Contemplando as nuvens negras e roxas
Meditando, silente e contente
Ignorando os neos atrás das moitas
Que surgiam, pressurosos, de repente
Guiados por fantasmas cheios de preocupações bobas
& escravos de empregos absurdos que deixam a alma doente
& viciados em comprar coisas.
O sol já beijava os imóveis dragões do Oriente.
No restaurante do chalé recolhiam a louça
Cantava alegre o grilinho senciente
Enquanto eu soltava, fumaça, pela boca.