LIBERTAÇÃO

Meu horizonte é pequeno.
Vivo presa atrás de um muro,
mergulhada em desencanto...
tudo em volta é só escuro.
Eu preciso derrubar
esse muro que me tolhe,
que me esconde a paisagem,
que cega meu olhos e arde
deixando pungente ferida
a me perseguir pela vida.
Dos meus olhos tiro a venda,
nada quero que me prenda,
preciso me libertar.
Solto as amarras, as garras,
e vou por aí sem talvez:
porque, agora, é minha vez.