LIBERDADE VERA (*)
Não me sentirei tímido por onde ainda passar
Desfrutarei da incompreendida passagem do ser
Serei criança ao navegar pelo bem ao próximo em todo lugar
Terei a inocência plena, sem regras e preceitos sociais
Descalço, livre, me depurarei no eterno mar salso
Deixarei banhar-me na divina chuva doce e calma
Sentirei o ar no vento suave a me tocar a face e o corpo
Apreciarei o olor bom das comidas e bebidas do lar
Contemplarei o prado verde como um pai fita o filho amado
Respeitarei a vida dos seres em seus concebidos habitats
Falarei tão só aos bichos, aos defensores da paz e às crianças
Reprovarei os combates vis, forjados em disputas deletérias
Abraçarei a Natura, distante de perversidades mundanas
Defenderei a Lógica, serei puro, serei gente... farei a minha parte!
Salvador, 16/08/2005.
(*) Publicado na antologia ESCREVER É UMA ALEGRIA, editora Alternativa, 2015.