Q’s... e Por Q’s… POR Q NÃO?

Todos os amores

que engoli, como se fossem

pilulas antidepressivas.

... que no princípio

eram petiscos, recém

saídos da chapa quente.

... que eram novos

como livros numa

livraria... Revistas

ainda no plástico, cartas

de amor e saudade,

ainda não lidos.

... que pareciam com

o tuneis por onde os bebês

enxergam a vida, apos uma

dor necessária, estabelecida

por Deus, que logo alivia

frente à vinda dos seios e afagos

alimentando,

acalanto, acalanto

acalanto...

Tantos amores…

... que pareciam com

todos os primeiros sexos

toda as plantas plantadas...

e os países recém-descobertos

,,, todas as primeiras danças

e as primeiras curas, dos primeiros

antibióticos, frente as primeiras

dores e iniciais doenças

todos os chulos conselhos

de todas as dores de cotovelo

todos os tantos e tantos amores.

... tantos e tantos, e tantos

amores “sem fim”.

... que faziam brilhar os olhos,

assim como s olhos brilharam, frente

ao primeiro filme, no cinema escuro

frente a telona gigante

... que sempre soavam

como o primeiro beijo

como a primeira viagem

desacompanhados dos pais

... que pareciam a chuva

caindo após meses de seca

e bois, cavalos, bezerros

e vacas, sorrindo... e plantas

agradecendo, criando

e homenageando a beleza.

... que os românticos

inescrupulosos, exagerados

arrancam dos caules,

desejando presentear os seres

amados

E no final é o amor.

... que rebobina todo

esse texto comprido desta

vida tão curta, que acabei

[e já cansei] de escrever.