Liberdade relativa de amar

Invejo os amantes que libertam o amor.

Aqueles que não amarram, não aprisionam, não lapidam, não vivem da dor.

Liberdade. Livre na verdade.

Aqueles que querem que o amor seja livre, voe, ecoe.

Livre no sentido mais fiel de amor livre, puro, a grosso modo: sem rancor.

Uma habilidade complexa, exige equilíbrio emocional e liberdade, por mais que algo impeça.

Não há espaço para ciúme, brigas, obsessão ou confusão.

O que importa é o amor pelo amor.

Amar de verdade sem exigir que o outro seja seu, possuído, um ser reprimido e da liberdade impedido.

Amar sem exigência: apenas viver o amor na sua essência.

E há quem crê que o amor é como prisão, cria amarras emocionais... uma ilusão!

De nada vale um amor lapidado no comodismo que nos agrada, pois somos de natureza livre, alada.

Os preconceitos camuflados de personalidade, somos, quem diria, prisioneiros da nossa própria vaidade?

E se por um momento deixássemos que o amor fosse fiel à sinceridade... A única obrigação seria amar enquanto houvesse vontade?

Há medo da verdade do amor, pois um ser livre é imponente, cheio de si, seu combustível é o ardor.

E já não eram pra ser todos os amantes, livres? Quem dera fosse e não houvessem crises.

Há, todavia, crenças limitantes que nos privam da felicidade, somos educados a esconder a verdade.

Dentre alguns, porém, há aqueles que só querem amar, não criam expectativas, possessões, regras... outro patamar!

Carla L. Ferreira

Goiânia

30/11/19