MALANDRAGEM

No arrear das malas de tantos, a sobra...

na cara má da fortuna que nada produz;

– ó, simples vida que de tudo nos cobra,

és duvidoso caminho que nos conduz!?

Se importante é o teu vistoso progresso...

do caminhar só, sempre certeiro e ereto,

nada sabes de ti e se não terás regresso,

se praticas tão condenado ato incorreto.

O dia é normal, eterno renascer de tudo...

que para a frente nos impele, contudo,

sem ater-se à real presença de incertezas.

A sorte é qual banho de acertados alvos,

que se não atingidos, jamais serão salvos;

mas, serão podres, se frutos de espertezas...

Salvador, 24/01/1998.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 01/12/2019
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