TÉDIO
TÉDIO
O verde, o azul, a beleza
No amanhecer tedioso
Pássaros em voos rasos
Querendo pousar em migalhas
Que sem asas jogam ao chão
O sino da torre do templo
Mudo pela preguiça do vigário
Espalha silêncio em gatos pingados
Em cachorros de rua que correm
Atrás de pombas que arrulham
A velhos aposentados em bancos
Jovens em falta
Nada perturbam
Nada se agita
Apenas nuvens começam a passar
Mais agitadas
Quem sabe prenúncio
De mudança de ritmo
Tempestiva tempestade
Para acordar a cidade