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Beijando os ventos
Amanhecia sorrindo sem razão,
cantava os lindos sonhos que invadem
durante toda a noite,
saía procurando o seu caderno de poesias,
para criar suas fantasias.
Dentro do coração, tantos espinhos,
um tanto de tristeza havia.
Num impulso da alma sonhadora
que não queria chorar,
corria à imaginação, continuava à sonhar.
Daqui a pouco, mundo à fora, iria voar.
Beijaria as flores, beijaria os ventos,
para bem dizer a vida,
num fôlego só, tudo queria viver,
como na competição de uma corrida,
assim soltava os seus loucos pensamentos.
Os seus passos não eram apressados,
no olhar, trazia a mesma poesia,
e a vontade de que o amor
fosse um caminho pecorrido a dois,
que o amor não fosse invenção dos cactos
desejando chuva, no deserto do seu coração.
Trazia em seu peito, a sensação de um beija flor,
solitário e livre.
diante do espelho da vida, um rosto cansado,
à transformação do envelhecer,
sem mistério, latente, persistia sua vontade de viver,
sem viver o seu grande amor.