O caderno
Há um lugar que sempre visito,
Me sento e me sinto.
Sem boca, sem olhos, sem corpo...
Espaço maior que o mal!
Endereço de voos, instantes estrelados...
...Desatinado.
No balanço do lápis que rabisca o pulsar
Das artérias.
Sabe de mim, humana, fêmea...
Guarda em segredo minha pequenez
Em afetuoso abraço em branco!
O poeta se perde por vezes,
Mas, em transe retorna ao papel
A rabiscar a própria visão do coração.