Perdem-se os botões

Aos meu botões, peço perdão!

Minhas mãos tremulas não

te ajudam a exercer tua função,

Aos meus chinelos velhos, agradeço!

Pela paciência com os pés cansados

por ti tenho grande apreço.

Aos meus queridos dentes, te praguejo!

Por se irem antes do tempo, sem notificar, sem falar,

hoje cada mordida, um novo pelejo.

A minha velha cadeira de balanço, saudade!

Acompanhá o seu balançar.

Não sera difícil acostumar, com a efemeridade.

Aos olhos chorosos, te aconselho!

O branco dos meus cabelos, são como

um espelho de uma vida a se lembrar.

Paulo Alcides
Enviado por Paulo Alcides em 01/12/2019
Reeditado em 02/08/2023
Código do texto: T6807825
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