Galega
Não sei o que meus olhos vão te dizer
quando eu estiver na tua frente
de novo.
Nem se você vai sorrir
quando eu tentar entrelaçar
os meus dedos
nos teus,
sem jeito
como é costume que eu faça,
quando quero ficar perto.
Talvez eu te peça
pra deixar o bar de lado
comigo
e pra ligar o foda-se
pra as suas dúvidas
e pro meu pessimismo.
Talvez meu papo não tenha nada
de especial
mas eu gosto de pensar
que você ouve tudo o eu digo
e que você flutua
no meio das possibilidades,
que você tanto nega.
Eu nunca me dei bem
em jogos de azar
ou no amor,
mas com você,
Galega,
eu até me arriscava
a jogar.