Minha ciência

Ser ilustre das tardes belas,

Reluzente como uma das estrelas novas,

Possuída por puro glamour delas,

Conservada de pétalas e covas.

Seu cheiro, um óleo essencial,

Extraído da mais pura simpatia,

Com um olhar firme de tons real,

Banhada aos encantos com sua harmonia.

Dentre muitas flores, esta floresce

Como uma flor de Lótus,

Embriagada de influências que aparece,

Mas firme e forte, resiste e rara Lótus.

Seu sorriso, fofo e encantador,

Faz o Carbono diamante invejar o Cálcio,

Como o Tungstênio, resiste ao calor,

Que insiste em quebrar nossa ligação.

Na sua presença não há onda bidimencional,

Como meu primeiro harmônico,

Deixe a vibração te levar numa corda estacionária,

Quero estar em suas interferências.

Meu comprimento de onda é muito curto,

Sou uma onda eletromagnética,

Perdida pelo espaço, longo e mudo

Esperando à ser descoberta,

Com você, há Newton, há Galileu,

Há Curie, dentre todas as ciências,

Sua mecânica, estruturada como Deus lhe deu,

Sua radiação, transmuta metais e aparências.

Que não sejamos uma hidrólise,

Porque meu amor é espontâneo,

Queria tanto te fazer minha ponte salina,

Mas entenda que meu circuito é errôneo.

Dextrógero ou Levógero,

Espelho côncavo ou convexo,

Podem desviar e refletir a luz para diferentes direções,

E eu sou um cientista em estudo de uma só luz, você.

Quando a gravidade lhe derrubar,

Não hesito em lhe dar a mão,

Para tal ser angelical ajudar.