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Vou vozeando o meu canto tentando iludir o coração e trinando minha dor!
Rasgo os ares com os olhos e não consigo remendá-lo!
Abraço o braço do rio com o grito que ecoa!
Suspiro esfolegando um ai!
Dói saber sem saber o que vai ser daqui para frente!
Abandono e fico neste martírio que termina sendo o meu próprio esquecimento!
Faço um verso sem verbo na defecção do seu nome!
Sublevado coração confinado no peito sem querer ouvir outro nome!...
Risquei o timbre da noite!
Acendi as estrelas no azul do céu!
Corri para apanhar a cadente constelação e nenhum pássaro me fez companhia!
Cansei as asas dos meus sonhos tentando bulir sorrateiramente o seu rosto com o beijo da noite!
Beijei a sua suave lembrança enquanto fechava meus olhos para adormecer querendo encurtar o tempo para lhe ver!
Vozeio o seu nome... para não morrer o sonho!
©Balsa Melo
03.02.06
Cabedelo - PB