Unidade

Eu me pergunto para onde afinal

Vão todas as pessoas desconhecidas

Que passam pelas ruas encardidas

Sem endereço ou identidade formal.

Eu quando vejo a multidão inquieta

Imagino o que pensam e o que são.

Também sou parte dessa multidão

E há alguém como eu também poeta.

Eu observo a multidão insana

Sumindo na névoa cotidiana,

Anônima, dispersa, sem saber

Que vagam todos por aí, afastados,

Mas que são membros vivos decepados

De um único e indissociável Ser.

Sarauvirtual
Enviado por Sarauvirtual em 28/11/2019
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