ASAS
Nasci com asas que me levam a mundos encantados
elas me apresentam lindezas que expressa o melhor de mim.
Mas aos poucos percebi que as asas foram cortadas ou podadas.
Senti que a cada passo que dava, cada palavra que falava, cada ação que praticava as asas não passavam do chão.
E na fúria da curiosidade, no ímpeto do saber, na ânsia da liberdade as asas faziam movimentos pra transcender imposições.
De repente os mundos que passeavam ficaram tão pequenos, ou melhor, só tinha um só.
Porém as asas que de mim não largam faziam manifestações, rebeliões.
São insolentes, descontentes e teimam em alçar vôos.
Querem ser elas, brincar de descobertas, irem á festas, degustar novos sabores, provar outros amores.
As asas que de mim não desgrudam foram buscar entre as frestas do viver motivos pra voar.
Ás vezes que o mundo fica pequeno elas extrapolam o efêmero e teimam em sair da pequenez mundana.
Então eu me lanço e vou.