RECONCILIAÇÃO - dueto com o amigo Herculano (Culinha), que escreveu CONCILIAÇÃO
O amor adormece num sono pesado,
de um peso tão grande, que finge que é morto.
Se acorda com beijos, mau-humor debelado,
Renasce cismado, um certo que é torto.
Não julgo esse amor, que é só dele o aborto,
a ausência e esse adeus, que hoje trago abafado.
Se atraco em marasmo - um navio no porto,
a ânsia de mar faz meu peito alagado.
A vida, de novo, entre o belo e a dureza,
e as juras eternas, de amor sem limite,
nos braços do amor, com meu bem, meu amigo.
Tua flor, teu poema de rara beleza,
me entrego ao abraço, singelo convite,
bem juntos assim: tu comigo, eu contigo!
Lílian Maial