A TRÍPLICE

Tenho aqui a minha criança,

meu jovem e o meu velho.

Suporto uma tal esperança,

um dia ela se vai... espero.

Acordo, levanto e me contenho

num sonho imutável.

Rio, choro e faço desdenho

da realidade miserável.

A criança brinca,

o jovem se distrai,

o velho é intriga,

mas nem um daqui se vai.

A divina tríplice

de um mero ser

ainda que triste

tem que aprender.

Gleidston de Aragão
Enviado por Gleidston de Aragão em 27/11/2019
Código do texto: T6805113
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