A TRÍPLICE
Tenho aqui a minha criança,
meu jovem e o meu velho.
Suporto uma tal esperança,
um dia ela se vai... espero.
Acordo, levanto e me contenho
num sonho imutável.
Rio, choro e faço desdenho
da realidade miserável.
A criança brinca,
o jovem se distrai,
o velho é intriga,
mas nem um daqui se vai.
A divina tríplice
de um mero ser
ainda que triste
tem que aprender.