Os Enfermos
Inexorável agonizar d'uma matéria
Deprecia o Ser à potência do Nada.
A éburnea alma iluminada
É consumida pela facínora bactéria!
E não há rogo que cede
O fim da composição de carbono
Gritada pela garganta de um barítono
Quando a putrefação procede!
Essa dor, nem Augusto expressou!
Sua sístole e diástole em descompasso
Sentindo a dor aumentar a cada passo
E não morrer nos braços de quem amou!
-Quem o homem ama?Não só quem oscula!
O voluptuoso homem não ama!
Pois, todos aqui estão em uma cama
E suas carnes ostentando pústulas!
Não é possível que Deus queira
Uma localidade tão triste e sangrenta
Que esbanja sangue e dele se alimenta
Tenazmente, desta maneira!