APRENDENDO NA LABUTA
São tristes as partidas desequilibradas,
mas não as últimas palavras destratadas...
verdades não ignoradas em momentos de dor
de um simples e honesto ente trabalhador,
em cujas luta e labuta sempre agrega calor.
Neste instante ressurge a luta pelo viver
e não foi este o final planejado deste ser
que há um ano buscara crescer e ajudar...
ajudar a fazer a lucratividade da planta mudar
pela busca do não trivial, somando valor.
Aprendiz, jamais deixou de ser facilitador
do progresso planejado, elaborado, inovador,
sempre sério, honesto, ouvidor e trabalhador
a quebrar paradigma quando conservador,
numa atitude despojada, sem covardia.
Completa é a concepção da TEO: pura riqueza!
Porém se deixada na teoria, será apenas pobreza...
pobreza desqualificada, ranço, indisposição ao novo,
herança de certa revolução contra o nosso povo!
que naquele passado herdou sua atual letargia.
O comandante não dispensa a visão do marinheiro,
e certamente isto conforta o zarpar deste companheiro,
de próximo ao coração dos reais amigos que cá deixa
para em certo outro lugar pensar proativo, sem queixa,
levando o culto da certeza de não ter sido estorvo.
Gerentes são bem pagos pelo que muito prometem
e quase nunca, com idéias inovadoras, se metem,
evitando que seus cargos muitos caros balancem,
frustando subordinados para que não os alcancem,
afastando-os de sua proximidade, de seu contorno.
É tão inerente ao certo, simples homem moderno,
cuja lógica já o moldou, assim fazendo-o eterno?...
no mundo que abertamente tanto ensinou-lhe o saber,
estruturado no sólido pendão do emocional do ser,
entender outrem, mesmo que possam ser deploráveis.
Roubando a boa nítida imagem que cá fotografei,
expurgo a péssima falsidade com que me deparei,
pois minha alta idade já não me permite aceitar...
a besta hipocrisia, desunião dos homens no labutar.
Sim, levo a bondade daqueles sempre tão louváveis!
Salvador, 20.10.1997.