Refém
É quando a caneta grita
Quando a visão embaça
Quando não dominar te irrita
É quando você se ameaça
O poder de dominar é excitante
Mas todo rei perde sua majestade
E no reinado em que me achava mandante
Perdi o trono e me chamei: Covarde!
Me nego que eu seja refém
Sofro de Estocolmo sem acreditar
Ao que me acalenta, trato com desdém
Mas o velho ditado diz: Quem desdenha...
Já não me valha mais alguma razão
Dê-me aqui a maior dose de você
Nada adianta negar o coração
Quero me embriagar de ti, até não me perceber