FOLGADO

Fica ali

O gatinho preguiçoso,

Dele é a cadeira

Macia,

nem parece de madeira.

Tinhoso,

Faz só o que quer,

Tem personalidade,

Não aceita se não lhe aprouver.

É dono de sua vontade.

À porta, entre os vasos,

Ele espreita,

Pouco se importa

Se à esquerda ou à direita.

Folgado,

Livre bichano,

Dorme e acorda,

Dá umas voltas

E volta,

o fulano

Assume o melhor lugar.

Descansa,

Entre possíveis sonhos.

Os olhos num abrir e fechar

Infinitos,

Parecem risonhos

Os olhares benditos.

Dalva Molina Mansano.

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 26/11/2019
Código do texto: T6804270
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