Os velhos

Quantas pessoas sozinhas,

será que também serei?

Estarei sentado esperando a hora de morrer?

Vejo todas as crianças brincando,

e penso no que já passei,

o quanto a vida é dura,

nos tira do berço para sofrer.

Depois de tudo o que fizeram,

estão jogados nas calçadas

ou nos lares dos seus próprios filhos

que não se importam com o seu próprio sangue.

Quantas pessoas sozinhas,

será sempre assim?

O sangue gasto vai para o limbo ter o seu fim.

Veja esses jovens voando,

trilhando o seu futuro rumo ao sucesso,

esquecem de seus mestres,

cheios de ignorância.

O novo sempre vem e não olha pra trás,

é uma viagem louca para o inferno,

esquecimento e morte no inverno,

sobrevivendo as custas de remédios.

É uma súplica, um pedido de paz,

resgate da dignidade que tinham

aqueles que trilharam o início da sua estrada.