NÃO SE ILUDA, POETA!
Eu sou o poeta esquecido,
tratado só como ausente,
eu sou o poeta não lido,
mas que me importa a patente?
Sou o cantador sem repente,
o cantador sem cantiga,
o trovador sem trovão
na tempestade da vida!
Sou o poeta da lira,
a versejar minh' história,
apesar de desprovida
dos louros de qualquer glória!
De qualquer glória? Que tolice
eu acabei de falar!
Tenho uma Família querida,
que maior glória não há!
Que Deus me deu para amar,
para cuidar com carinho,
unidos a triunfar,
com Cristo, pelo caminho.
O demais, tudo é bobagem!
Tudo aqui é ilusão;
estamos só de passagem
para morar em Sião!
Não se iluda, poeta!
Não busque glória terrena;
que seja só tua meta
cantar o AMOR, em poema.
Não busque fama a toa,
é pobre qualquer troféu;
o bom mesmo é a coroa
que vamos ganhar no Céu!