Sem remédio
Eu não sou mais tão otário
meu bem,
ultimamente
mas por você eu me faço
mudo meu itinerário
pego aquele teu laço
e desfaço
e me jogo na corrente.
me jogo na ladeira
como se fosse carnaval
e talvez esse seja o meu mal,
francamente
sou tipo um cachorro sem raça
um vira-latas, caido da mudança
embaixo de um banco de praça,
ou aos pés da tua cama.
e se você pegar o meu coração
e colocar na balança
dá uma tonelada de desilusão,
e de drama.
mas felizmente
ainda não perdi o tesão
na minha vida
perdida,
na fumaça
ainda me resta fígado,
meu bem,
para uns tantos amores
e para muitos goles
de cachaça.