Sem remédio

Eu não sou mais tão otário

meu bem,

ultimamente

mas por você eu me faço

mudo meu itinerário

pego aquele teu laço

e desfaço

e me jogo na corrente.

me jogo na ladeira

como se fosse carnaval

e talvez esse seja o meu mal,

francamente

sou tipo um cachorro sem raça

um vira-latas, caido da mudança

embaixo de um banco de praça,

ou aos pés da tua cama.

e se você pegar o meu coração

e colocar na balança

dá uma tonelada de desilusão,

e de drama.

mas felizmente

ainda não perdi o tesão

na minha vida

perdida,

na fumaça

ainda me resta fígado,

meu bem,

para uns tantos amores

e para muitos goles

de cachaça.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 25/11/2019
Reeditado em 25/11/2019
Código do texto: T6803534
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