SENILIDADE
Outrora, sol ensejando luzes sobre as quimeras
Desabrochando magmas, genes falos de proteus
No solo fértil e acolhedor de trépidas eras
Como sementes de fulgor no ventre teu...
Mas as idades levam tudo com o tempo
Ao nebuloso sótão da lembrança e esquecimento
Não mais criança, não mais fluência, só solidão
Agora nuvem de um opaco coração
Tornei-me oblíquo, sequioso de momentos
Triste querela de um tempo esquecido,
De idos ventos, sentimentos, paixão...
Rego agora, entre nuvens da memória
Vestígios falhos de história e saudade
Nas diminutas atmosferas da existência...
By Nina Costa, in 07/11/2019. Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil