ORTODOXO

Já me permiti ser a quem admiro, Contudo é uma experiência sem sabor,

Em que a personalidade perdeu o crédito, E me tornou um ser descrédito,

Pusilânime e ascético diante do figurino, Totalmente intrépido sobre o amor.

Já me deixei banhar de infinita alegoria, Todavia fui fantoche do meu senso,

Em que o caráter se enfeitiçou de lama, Contrariando tudo o que se inflama

Perante os rituais de um intensa literatura, Engajada em tudo o que penso.

Já me observei um tanto morto-vivo, Bebendo do sangue das donzelices,

Em que virgindade diante de um vampiro, É um teor que eu apenas respiro

De acordo com os naipes de uma usura, Planejada nos alpes das tagarelices.

Já me analisei de dentro para fora e vice-versa, Encontrei um mundo insólito,

Bem semelhante desta vida que anda submersa, Sem os traços que impeçam

De eu ser o que eu queira sem muita conversa, Pois meu deserto é inóspito!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 22/11/2019
Código do texto: T6800800
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