Poesia sem graça

Quieto na sala de estar,

O tempo sabia de tudo .

Olhava sem questionar

Trabalhava sempre mudo.

Morava em sua companhia ,

Um passarinho maluco ,

Que pulando se exibia,

Chamava sempre por Cuco .

Cuco nunca aparecia,

Naquela sala de estar.

Ou ele não existia,

Ou mudara de lugar.

Ao tempo pouco importava ,

Alguma lamentação,

Daquele que se atrasava,

Perdendo sua condução.

Pois como bom comandante,

Mandava sempre recado

Por seu pássaro ajudante,

Muito bem disciplinado .

Do tempo, não tenho ranço.

Pois não tem culpa de nada .

Do passarinho e seu avanço

Tenho saudade danada.

Lu

Lucineide
Enviado por Lucineide em 21/11/2019
Reeditado em 21/11/2019
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