Resquícios de você
O que resta?
Uma réstia de tempo
um resquicio de teu abraço
Um caminhar sonolento
Desatar o teu laço
Queria mesmo era me perder
Nas cordas do teu violão
Sentir o corpo estremecer
Fervilhar de tesão
Teu corpo sobre o meu
A ternura no olhar
Até a lua cheia apareceu
Fez questão de me lembrar
Mas o frio chegou
E com ele a distancia
Teu calor silenciou
Me sobrou redundancia
Que pena ter sido breve
Provar de formosa iguaria
Resta que o tempo me leve
Mesmo a minha revelia
Desfazendo os "nós" do tempo
Apagando a euforia
Diminuindo desalento
Abrandando tua distancia fria.
Gotas de chocolate
Tuas breves palavras
Guardarei-as como diamante
Pra que não batam asas.
E seguindo em frente
Sua imagem a desvanecer
Sorrirei mentalmente
Feliz em te esquecer.