Gato/onça/gato!

Falsamente mansa

e a onça me traiu

e entre flores sorriu

para se fazer bela.

Mas onça não pode ser gato

e, se há máscaras,

para que mostrar teu retrato

em jardins que nem povoas mais?

A estrada é apenas tua

e não mais vivo eu nela,

olho-te agora doutra janela

sem onças eu ter ao quintal.

E um passarinho sempre serei

e livre voarei

para avistar as onças do alto

entregando de volta o teu abraço

que um dia tanto abracei...