SAUDADE ENLUARADA
No silêncio profundo
Onde quase ouso sonhar
Ouço seus pensamentos chamando meu nome
Baixinho,
Suave,
Num sussurro que se confunde com o tic-tac do tempo,
Na ilusão de lhe sentir
Na brisa acariciando minha pele,
No perfume orvalhado da noite lá fora
Nessa saudade enluarada...
É tudo tão sutil quanto as horas
Que escorrem pelos dedos
Quando, lágrima por lágrima,
Minha alma ainda chora.
Cato pedaços do silêncio
E escrevo um poema:
Não é a noite nostálgica
Sou eu...
Enquanto
Mais uma vez espero
Que o amanhecer
Traga você
com o cheiro da rua...
Nina Costa, 04/04/2019