A Estranha (Prosa Poética)
Cabelos longos cobrindo o rosto,
Os belos olhos entre os cabelos
Aparecem e num relance fecham-se.
Jovem ainda, mas o sorriso é dubio,
E irrequieta olha ao redor.
A mãe cochicha em seu ouvido
Ela se aquieta por um momento.
Menina estranha, esbelta e bela,
Qual serão seus sonhos ocultos
Nessa mente em formação.
Repentinamente sai daquele local,
Um salão enorme cheio de pessoas,
Deixando vazia a poltrona ocupada.
A mãe segue a filha caminhando,
A estranha finalmente sorri.
Olha ao redor e prende os cabelos,
Agora livre pode mostrar o rosto,
Sua beleza brilha ao ar livre...
Sente a liberdade ao olhar o céu.
Sua mãe percebe essa mudança,
Mas ao mesmo tempo fica aflita...
Até quando essa alegria vai durar
E voltar a ser de novo a estranha?!
Quem poderá saber o que se passa
Nos pensamentos e sonhos ocultos
Dessa bela e estranha personagem,
Somente o tempo?... talvez!
There Válio – 18-11-2019.