Jogo de espelhos sem reflexos.
Densa neblina,
Silêncio congelante.
Escuridão constante,
E um aperto no peito.
Lançou-se ao desconhecido,
Com a coragem que nem sabia ter.
Até perceber,
Que no mesmo lugar estava.
O respirar rápido,
O ar que as vezes faltava.
Pelo medo da neblina,
Pelo medo do desconhecido.
Não sabia como chegara aquele lugar,
Nem muito mesmo como sair dele.
Um jogo de espelhos,
Sem reflexo algum.
Onde todos os movimentos,
Levavam ao mesmo lugar ... o começo.
Um jogo tenebroso,
Sem manual de como jogar.
Ao olhos fechar,
E sentir um respirar profundo.
Se desfaz o mundo,
E encontra-se em outro ainda mais complexo.
Será um sonho dentro de um sonho?
Ou a lucidez se dissipando
Enquanto a loucura me consome totalmente?.