DESPEDIDA
Cansei... a luta é desigual.
Calo-me obstinada.
Chega dessa guerra estúpida
Sem nexo e sem razão
Que tenta me transformar
Em mulher fracasso.
A voz da minha consciência
Virou pesadelo
E minha inquietação
Uma tortura.
Fartei-me das dores sem consolo
E das lágrimas sem alívio.
Preciso de minha alma tranqüila
Sem desprezo por mim mesma.
Não quero meus olhos mortos
Por noites de insônias.
Preciso voltar para minha trilha reta
Onde desejos não se misturam com medos.
Os castelos construídos no ar
Foram desmoronados
Como os sonhos dos amores incompreendidos.
A força da esperança caiu por terra
E nossas divergências estão enraizadas
Sem chance de serem extirpadas.
Contradições não me fascinam mais
A montanha- russa deixou de me atrair.
Quero seguir minha própria vida
Sem tempestades, ansiedade e temores.
Te peço desculpas...
Mas hoje só quero
A ausência como companhia
E o silêncio como alento.