DESPEDIDA

Cansei... a luta é desigual.

Calo-me obstinada.

Chega dessa guerra estúpida

Sem nexo e sem razão

Que tenta me transformar

Em mulher fracasso.

A voz da minha consciência

Virou pesadelo

E minha inquietação

Uma tortura.

Fartei-me das dores sem consolo

E das lágrimas sem alívio.

Preciso de minha alma tranqüila

Sem desprezo por mim mesma.

Não quero meus olhos mortos

Por noites de insônias.

Preciso voltar para minha trilha reta

Onde desejos não se misturam com medos.

Os castelos construídos no ar

Foram desmoronados

Como os sonhos dos amores incompreendidos.

A força da esperança caiu por terra

E nossas divergências estão enraizadas

Sem chance de serem extirpadas.

Contradições não me fascinam mais

A montanha- russa deixou de me atrair.

Quero seguir minha própria vida

Sem tempestades, ansiedade e temores.

Te peço desculpas...

Mas hoje só quero

A ausência como companhia

E o silêncio como alento.

Val Bomfim
Enviado por Val Bomfim em 03/10/2007
Reeditado em 06/11/2007
Código do texto: T679560
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