Buquês Etéreos
Na espera da hora
Consolos e angústias sobre conquistas e danos
- Fúnebres rituais de um mesmo fim;
Sobre os mármores
Sangues inertes sob sombras nos jardins
- Momentos finais que exalam dores;
Sob o véu da noite
O ausente não mais lamenta ausência de prazeres
- A fome ronda em outros rituais;
No consolo do gueto
O corpo inerte aguarda o invólucro
- Revolta do choro, a mesma dor...
No reduto do douto
Brindam-se os cálices rememorando status
- Cortejos fúnebres adversos;
No Umbral
Almas aguardam o momento do abraço
- Buquês de unhas e carnes etéreas envoltos num mesmo laço.