ALUCINAÇÃO
ALUCINAÇÃO
Cheio de vazios
Desesperançado
Um olhar imóvel
A toa num infinito
De pecados originais
Nada é perfeito
Língua, olhar, toque
Gosto, cheiro
Deus é nada
A alma quer partir
Alucinar-se
Em imaterialidade
Inundada de morte
Num coração que
Bate patético
Num explodir de realidade
Num norte de vontade
Galgar aos céus
Em regressão profunda
No negrume de deus
Até quem sabe
Surja de novo a luz
Para decifrar o mundo
Burlando a ciência
Que nada me explica
E inimiga me fia
Que nada muda
Apenas morfosemeta