Telegrama
Telegrama
Se acaso a lua inventar
Que já não penso mais
Nem tenho vontade de viver
Não acredite, não finja surpresa
Eu permaneço na espera
Do vento que me sopra aconchego.
Vasculho a minha sombra
Enquanto ela adentra tenebrosa no mar de sua vacância.
Faço poesia, embora meu riso seja ausente
Não consigo ser contente sem você
Se acaso estiver no script do meu caminho
Meu ninho é o mesmo de outrora
Não erre o endereço
Anda, se aveche em se instalar em mim
Porque necessito de acalanto
Felicidade, vem depressa
Tem muito apresso por ti
Que não seja apenas uma sesta
A repousar, por instantes, em mim.
Marcus Vinicius